Thursday, November 10, 2005

Entrefácio

Há uma nova estrela no céu da blogoesfera.

Quem melhor para apadrinhar este grandioso projecto do que um blogueador nacional de renome internacional, créditos firmados, e fortemente implantado no panorama de blogal português? Mas como o Pacheco Pereira não estava disponível, nem a Rititi, nem os Gatos Fedorentos, vou ter mesmo que ser eu a escrever esta treta de prefácio, até porque também vou participar no blog, e assim como assim até nem tinha nada que fazer agora. Posso não ser grande coisa, mas de qualquer forma niguém vai ler isto. Por isso, para quem é, sandes de choco basta.

É que isto nem é um prefácio. Porque parece que já houve aí um gajo a escrever antes de mim. Também não será posfácio, nem sequer epílogo ou prólogo. Será talvez um entrefácio, porque fica no meio.

E será este blog mais um espaço dedicado ao debate e troca de ideias? À cultura? À análise da situação política ou socio-económica do país? Obviamente a resposta não! Já não há pachorra para essas cenas. Nem a malta aqui percebe disso.

Este é um blog da vida real (gosto do tom disto. embora não queira dizer absolutamente nada. provavelmente porque não quer dizer mesmo nada).

Pessoas normais, amigos ou apenas conhecidos, vivem as suas vidas separadamente. Encontram-se de vez em quando para beber um café ou tomar um copo. Uma ou duas vezes por semana. Às vezes todos os dias. Quando calha.

Falam das suas vidas, dos seus empregos, das suas alegrias e dos seus problemas. Do que lhes vai na alma.
Mas será que eles realmente se ouvem uns aos outros? Será que conversam? Não serão apenas monólogos esquizofrénicos em que cada um fala para si, só para ter o prazer de se ouvir e ser o centro das atenções, ainda que por breves instantes?

Cada um, à vez, ordeiramente espera pela sua vez e, sem interromper o orador anterior, toma a palavra durante escassos momentos. Apenas para o protagonismo lhe ser retirado mal faça uma pausa, por breve que seja, no seu discurso.

Depois os silêncios constrangedores começam a ser cada vez mais longos.

Pois é. Cá estamos. Pá... tenho que ir andando. Então tchau. Até à próxima. A gente vê-se.

E separamo-nos até ao próximo encontro no café.

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